08 nov Shein responde por quase um terço dos galpões alugados em SP no trimestre.
Shein responde por quase um terço dos galpões alugados em SP no trimestre.
A procura por espaços em condomínios logísticos de alto padrão permanece aquecida, puxada pelo comércio eletrônico. Nessa categoria, os números da Shein chamam atenção. A gigante chinesa foi responsável por quase um terço da área total alugada nesse tipo de imóvel no Estado de São Paulo no último trimestre. A Shein fechou um contrato com a GLP em julho para locação de um imóvel de 135 mil m² em Guarulhos.
Dados da consultoria Newmark mostram que a chamada “absorção bruta” (indicador que mede as novas áreas locadas) foi a 492 mil m² no terceiro trimestre no Estado de São Paulo, crescimento de 34,4% em relação ao segundo trimestre. Há, portanto, apetite das empresas por espaço neste tipo de imóvel. Tanto que o preço pedido médio de locação em São Paulo fechou R$ 24,72 por metro quadrado ao mês, 3% acima da média do trimestre anterior e 14% acima do mesmo período do ano passado.
De acordo com o levantamento, 58% das transações do trimestre cujos ocupantes foram divulgados envolveram empresas do segmento de e-commerce, seguido pelo de logística e transportes. As maiores absorções líquidas no trimestre foram concentradas na região de Guarulhos, Embu e Cajamar.
Devoluções de espaços também cresceram no período
Por outro lado, a pesquisa da Newmark mostrou que as devoluções também cresceram, indicando que o mercado está passando por um movimento de ajuste, após uma corrida desenfreada em períodos anteriores. As devoluções totalizaram 185 mil m², um salto de 103% na mesma base de comparação trimestral.
As devoluções, na maioria, dizem respeito à redução de espaços e não, necessariamente, à saída das empresas dos imóveis. Nos últimos anos, a procura por galpões disparou em meio ao crescimento do comércio eletrônico, e os contratos de locação eram fechados antes mesmo da entrega das obras. Passada a euforia, as empresas estão “enxugando” áreas excedentes. A Coluna apurou que Pão de Açúcar, Mercado Livre e Carrefour, por exemplo, devolveram áreas nos últimos meses.
Fonte: Estadão.